Vacinação também é fundamental para os mais velhos

PUBLICIDADE

Pessoas com mais de 60 anos também precisam manter a carteirinha em dia. Conheça algumas das doenças que merecem prevenção especial.

Junto com o acesso à água potável, a vacinação é considerada a invenção que mais salvou vidas na história da humanidade. Seu desenvolvimento permitiu varrer da face da Terra vírus e bactérias que, há apenas algumas décadas, afetavam milhões de pessoas, especialmente as crianças. O aprimoramento da tecnologia e do conhecimento científico possibilitou ampliar a ação dos imunizantes e estender seu uso para outras faixas etárias, incluindo à turma que já passou dos 60.

Hoje, esses recursos são considerados um pilar fundamental do envelhecimento saudável. “Do mesmo modo que tratamos o colesterol e a pressão alta para evitar um infarto nos idosos, temos que encarar a vacinação como a melhor estratégia para prevenir as doenças contagiosas”, compara a médica Maisa Kairalla, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Regional São Paulo.

Com o passar dos anos, é natural que o sistema imunológico fique mais frágil e não consiga responder ao ataque de seres microscópicos com a mesma potência de outrora. Nesse contexto, as vacinas perdem um pouquinho de sua efetividade. Mas não há razão para alarde: elas continuam importantes e diminuem pra valer a probabilidade de complicações derivadas de uma infecção. “Um indivíduo imunizado contra o vírus influenza pode até pegar uma gripe, mas o quadro será leve e ele terá um risco muito menor de sofrer uma pneumonia na sequência”, exemplifica a médica Isabela Garrido, do Fleury Medicina e Saúde.

Também não dá pra se esquecer do benefício coletivo das picadas. Ora, se eu estou resguardado contra determinado micróbio, não o transmito para quem está em meu círculo de convivência.

Imagine alguém mais velho que mora com um portador de doença crônica ou com seu neto recém-nascido, ainda não totalmente vacinado. Essas pessoas estão vulneráveis e dependem da imunidade dos outros para não contrair algumas infecções. Portanto, manter a carteirinha atualizada é uma responsabilidade para com a sociedade.

Infelizmente, a visita aos postos de saúde fica mais rara conforme a idade avança. “Não temos a cultura de perguntar sobre as vacinas após a infância”, nota a geriatra Thais Ioshimoto, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.


Tem uma sugestão de reportagem? Nos envie através do WhatsApp (19) 99861-7717.

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT