Ela disse que o Brasil não terá que se preocupar com a falta de medicamentos no momento.
Por Da CNN, em São Paulo
Com a notícia de que as fases preliminares dos estudos da vacina contra a Covid-19 pela Universidade de Oxford em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trouxeram bons resultados, a presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, disse na quarta-feira (22) que o Brasil não terá que se preocupar com a falta de medicamentos no momento, uma vez que o acordo com a universidade está sendo finalizado e as vacinas serão finalizadas no país.
“Estamos agora trabalhando em detalhes de ordem administrativa e processual para finalizar o acordo com Oxford. É um processo de incorporação tecnológica, então há ajustes a serem feitos, mas estamos nos preparando para termos autonomia da produção. O primeiro lote de 30 milhões de vacina serão finalizados nos laboratórios da Fiocruz.”
Sobre o temor de o Brasil não conseguir obter os medicamentos, Nísia disse que o acordo com a universidade inglesa prevê que, para além das 30 milhões de doses iniciais, o Brasil irá receber mais 70 milhões de vacinas em um segundo momento.
“Não corremos risco de ficar sem acordo, porque foi firmado um documento oficial entre os governos brasileiros e britânicos”, afirmou a presidente da Fiocruz.
Prazo
Nísia disse esperar que o medicamento comece a ser produzido em larga escala no primeiro semestre de 2020, mas que somente os testes clínicos vão dizer quando que o medicamento poderá ser aplicado na população.
“A possibilidade de a vacina ser aplicada para a população requer resultados seguros do ensaio clínico, por isso não posso firmar um prazo. Se demonstrado na fase 3 o que foi antecipado nas fases anteriores, que é a capacidade de prover imunidade, será possível ter mais precisão quanto ao prazo para a aplicação geral.”
(Edição: Bernardo Barbosa)