De acordo com a Abrinq, há cinco anos, cada criança brasileira ganhava em média seis brinquedos por ano, mas neste ano a média ultrapassou sete brinquedos por criança.
A diarista Marlene Silva Pereira levou a filha Rebeca, de 6 anos, para a loja de brinquedos. ‘Criança não entende as coisas, então você tem que dar um jeito, né? E ela quer essa massinha faz tempo! Dia das Crianças eu já enrolei, não dei, então agora eu falei: não, vou levar’, diz a mãe.
Como ela, muita gente resolveu tirar o atraso e rechear a árvore para agradar as crianças. O novo perfil de consumidor quer gastar – mas não tanto, e vai garantir aos fabricantes de brinquedos um Natal 11% melhor que o ano passado.
De acordo com a Abrinq, há cinco anos, cada criança brasileira ganhava em média seis brinquedos por ano, mas neste ano a média ultrapassou sete brinquedos por criança.
A indústria do brinquedo concentra suas vendas nos últimos meses do ano, responsáveis por quase 70% do movimento anual, de acordo com dados estatísticos da Abrinq. Em 2016, por exemplo, de agosto a dezembro a indústria contabilizou 64,1% do movimento anual. Em 2017, o faturamento total da indústria foi de R$ 6.391.900,00 (64% das vendas entre agosto e dezembro), sendo que a produção nacional performou R$ 3.771.200,00.
“O Dia das Crianças e o Natal concentram o maior volume de negócios do setor, e as encomendas mostram que continuamos avançando”, diz o dirigente. Segundo o presidente da entidade, os preços dos brinquedos estão estagnados, e mais de 60% da oferta está na faixa de R$ 50,00. “A indústria torce pelo aumento do consumo per capita.”
Ao longo do ano e atenta às duas principais datas, a indústria habitualmente prepara mais de 1 mil lançamentos de brinquedos, contribuindo para a constante renovação do mercado. De acordo com Synésio Batista da Costa, o mercado nacional do brinquedo deve atingir R$ 7 bilhões.
O setor teve aumento do número de fábricas, passando de 380 em 2016 para 406 ano passado, enquanto o número de vagas, próprias ou terceirizadas, subiu de 32.681 para 33.791. Entre os brinquedos mais vendidos ano passado os campeões foram bonecas e bonecos, com 18,9%, seguidos pelos veículos (carrinhos, motos, pistas), 15,5% e os esportivos (patins, triciclos, bicicletas), com 13,5%;jogos e as linhas de reprodução do mundo real (jogos de panelas, kit mecânico, etc.) ficaram empatados com 9,1%.
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