De acordo com a PF, o hacker foi detido em sua casa com uma quantia de R$ 7,2 milhões em espécie, quantia que provém de fraudes bancárias e lavagem de dinheiro.
A operação da Polícia Federal em Cachoeiro de Itapemirim (ES) no início do mês de fevereiro, prendeu o hacker de 32 durante a operação Creeper. O vídeo do momento exato da entrada dos agentes no apartamento do homem investigado já circula nas redes sociais.
Nas imagens é possível ver que o suspeito tenta impedir que os policiais federais acessem um notebook. O dinheiro encontrado é contabilizado pelos agentes. O suspeito foi ouvido pelo delegado responsável pelo caso e encaminhado a um presídio da Grande Vitória. O nome do detido não foi informado pela PF, pois a investigação corre em sigilo.
CONFIRA O VÍDEO DA AÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL NA HORA DA PRISÃO
https://youtu.be/-K06c-A_bjQ
Investigação
De acordo com a PF, o hacker foi detido em sua casa com uma quantia de R$ 7,2 milhões em espécie, quantia que provém de fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. Contudo, apesar de ser investigado por crimes como invasão de dispositivo de informática, furto e furto qualificado mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro, o acusado foi detido por importação ilegal de anabolizantes sem o registro da Anvisa.
O homem é considerado pela Polícia Federal um dos hackers mais atuantes do Brasil. Conforme a PF, ele é o responsável por elaborar e manter um programa que enviava links para clientes de bancos, com o intuito de roubar dados pessoais e fazer a retirada do dinheiro das contas. Esse esquema construído pelo hacker, segundo a polícia, já pode estar fazendo vítimas há cerca de cinco anos, e o rombo pode ser grande.
Depois de pegar os dados por meio do link, o dinheiro era roubado das contas dos clientes e transferido para contas laranjas e, posteriormente, enviado para o exterior para ser lavado. Segundo a PF, o dinheiro era depositado em contas de corretoras financeiras e em mercado de criptomoedas para voltar para as mãos dos criminosos no Brasil.
A operação aconteceu também em Guarapari e em São Paulo e pelo menos outras sete pessoas estão sendo investigadas. A reportagem entrou em contato com a Polícia Federal que informou não divulgar dados sobre investigações e suspeitos. Sobre o vazamento do vídeo a PF também disse que não divulgou o vídeo e que sobre o caso nada há a comentar.