Vídeo mostra mulher assassinada denunciando ameaças e agressões: ‘O que faço para que a Justiça me escute?’

PUBLICIDADE

Gravação teria sido feita um mês antes da morte de Tanya Trevisan, de 49 anos, em Pirassununga (SP). Libanês negou envolvimento e caseiro da chácara onde ela vivia foi preso suspeito do crime.

A dona de casa que foi assassinada na sexta-feira (31), em Pirassununga (SP), aparece em um vídeo denunciando ameaças de morte e agressões de um inquilino libanês. “A polícia não faz nada, a Justiça não faz nada”, desabafou na gravação que teria sido feita um mês antes do crime. (confira o vídeo abaixo).

Tanya Tamara Trevisan, de 49 anos, foi morta por asfixia na chácara onde vivia. O caseiro do local, Jorge Antunes de Lima, de 39 anos, foi preso suspeito do crime e negou o homicídio.

O libanês Ziad Abboud foi ouvido pela Polícia Civil e negou envolvimento no caso.

Vídeo nas redes sociais

No vídeo postado em páginas do Facebook, Tanya para o carro em frente a um prédio e grita que precisa de ajuda porque está sendo ameaçada. Uma amiga da vítima disse que o vídeo foi gravado um mês antes do crime, mas a polícia não soube confirmar a data.

“Ele está querendo me matar, gente. Ele já me ameaçou seis vezes e continua aqui. O que eu tenho que fazer para que a Justiça me escute?”, disse.

Tanya Trevisan, de 49 anos, foi morta em Pirassununga (Foto: Reprodução/Facebook)

Tanya Trevisan, de 49 anos, foi morta em Pirassununga (Foto: Reprodução/Facebook)

Ela diz que o homem entrou em sua casa e a agrediu, assim como seus cachorros, chegando a por fogo na casa. “A polícia não faz nada, a Justiça não faz nada”, repete várias vezes.

Em pouco mais de 24 horas, as postagens atingiram mais de 420 mil visualizações. Um dos vídeos foi deletado nesta terça-feira.

Inquilino e medida protetiva

Tanya se referia no vídeo a Ziad Abboud, o libanês para o qual tinha alugado um imóvel residencial e um comercial no prédio. O vídeo foi gravado em frente ao local. Ele devia pouco mais de R$ 53 mil em aluguéis atrasados e, segundo familiares, passou a ameaçá-la quando ela começou a cobrá-lo.

Tanya Trevisan foi encontrada morta em Pirassununga (Foto: Reprodução/Facebook)

Tanya Trevisan foi encontrada morta em Pirassununga (Foto: Reprodução/Facebook)

De acordo com o delegado Maurício Miranda de Queiroz, Tanya, que já teve um relacionamento amoroso com Abboud, tinha registrado vários boletins de ocorrência contra ele por ameaça e conseguiu uma medida protetiva em abril.

Ela também entrou com um processo de despejo dos imóveis. A ordem liminar para que ele deixasse os locais saiu na segunda-feira (27), quatro dias antes dela ser assassinada pelo caseiro.

Abboud foi ouvido na sexta-feira na delegacia, confirmou o desentendimento com Tanya, mas negou que tivesse envolvido no assassinato. “Não tinha nenhum elemento para colocar ele no local do crime, no dia e na hora”, afirmou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a polícia fez todos os procedimentos para a proteção de Tanya contra o libanês. “O encaminhamento da medida protetiva, os oitivas, a instauração de inquérito. Inclusive a polícia encaminhou ao judiciário, que determinou a medida protetiva, que foi cumprida”, disse.

Tanya Trevisan foi encontrada morta em Pirassununga (Foto: Reprodução/Facebook)

Tanya Trevisan foi encontrada morta em Pirassununga (Foto: Reprodução/Facebook)

Caseiro é suspeito

O caseiro, que também teve um relacionamento com Tanya, foi preso em flagrante e indiciado por homicídio qualificado. Na audiência de custódia ele negou o crime e o juiz manteve a prisão preventiva. Ele está preso em Piracicaba (SP).

Segundo a Polícia Civil, ele procurou um guarda municipal que mora na vizinhança da chácara e informou que sua patroa, Tanya Trevisan, tinha cometido suicídio.

Mas no local a polícia encontrou marcas de luta e arranhões no pescoço do caseiro. Um exame do Instituto Médico Legal (IML) de Limeira (SP) constatou serem lesões provocadas por unha.

O corpo de Tanya estava com marcas no pescoço. A polícia recolheu uma corrente próximo ao corpo dela que pode ter sido usada para asfixiá-la.

Não havia registro de boletim de ocorrência contra o caseiro. A investigação da polícia continua e a motivação do crime ainda é desconhecida.


Aviso: Os comentários só podem ser feitos via Facebook e são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros, sendo passível de retirada, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

Tem uma sugestão de reportagem? Nos envie através do WhatsApp (19) 99861-7717.

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT