Vigilante é preso após matar jovem de 25 anos a tiro e deixar outro ferido durante discussão no Lago Azul em Rio Claro, SP

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As duas vítimas se recusavam a deixar o local foram baleadas no rosto. Autor dos disparos passou por audiência de custódia na manhã desse domingo e foi solto para responder ao processo em liberdade.

Um homem morreu e outro está gravemente ferido após serem atingidos por tiros no rosto, no Parque Lago Azul, em Rio Claro (SP), na noite de sábado (14). Segundo a polícia, o autor dos disparos é um vigilante do parque.

Segundo o boletim de ocorrência, quando os polícias militares chegaram ao parque encontraram Lucas de Camargo Caetano, de 25 anos, e Rafael Silvestrini, de 36 anos, caídos na entrada do local, ambos com perfurações de bala no rosto e perdendo muito sangue.

Caetano tinha uma perfuração entre o queixo e a boca. Ele foi levado ao pronto-socorro do bairro Cervezão, onde já chegou sem vida. Silvestrini foi levado ao pronto-socorro da Santa Casa, onde está internado e intubado, em estado grave. Segundo a polícia, a bala perfurou o rosto e se alojou na cabeça e ele deve passar por cirurgia.

A Prefeitura de Rio Claro informou, por meio de nota, que a ocorrência envolveu funcionário de empresa terceirizada, que realiza a segurança no parque, e que está colaborando e prestando as informações necessárias para contribuir com o trabalho da polícia, que atua no caso (veja posicionamento completo abaixo).

Vítimas se recusavam a sair do parque

De acordo com o B.O, os vigilantes relataram que as vítimas estavam bebendo no parque com duas mulheres e se recusavam a deixar o local no horário do fechamento.

Segundo o vigilante Marcelo Juliano Tscherne, as vítimas teriam se dirigido na direção dele e ele chegou a colocar a mão no coldre da sua arma, sem retira-la, quando o vigilante Daniel Henrique Misson Tscherne chegou para auxilia-lo, e ao ver o movimento dos dois homens, sacou a arma e atirou contra eles.

De acordo com a polícia, as vítimas estavam desarmadas e não portavam qualquer outro objeto que pudessem ser utilizados para agredir os vigilantes. Os dois vigilantes foram levados para a delegacia, onde Misson disse que só iria se manifestar em Juízo. Ele foi preso e levado para o setor carcerário da Delegacia Seccional de Rio Claro.

Atualização: Na manhã desse domingo (15), o vigilante Misson passou por audiência de custódia, foi solto e deverá responder em liberdade. No entendimento do delegado de plantão, o vigilante efetuou disparos com arma de fogo que atingiram as faces das vítimas, demonstrando sua clara intenção de mata-las e não existem elementos de prova que demonstrem que agiu em legítima defesa.

Já o vigilante Tscherne foi ouvido e liberado. As duas mulheres que estavam com as vítimas também foram levadas para a delegacia, mas não puderam prestar depoimento devido a estarem embriagadas e devem ser ouvidas em outra ocasião.

Os vigilantes trabalham para a Mager Segurança Privada & Eventos, que tem sede em Presidente Prudente (SP) e é terceirizada da Prefeitura de Rio Claro. Nossa reportagem procurou a Mager e uma mulher que se identificou apenas como Viviane disse que a empresa está acompanhando o caso e que irá tomar as medidas cabíveis.

Veja o posicionamento completo da Prefeitura de Rio Claro:

“A prefeitura de Rio Claro esclarece que a ocorrência no Lago Azul envolveu funcionário de empresa terceirizada, que realiza a segurança no parque, e que não houve participação da Vigilância Patrimonial, que não é armada.

Desde o primeiro momento, já no local dos fatos, a prefeitura está colaborando e prestando as informações necessárias para contribuir com o trabalho da polícia, que atua no caso.

A prefeitura informa ainda que irá apurar os fatos com rigor e que a empresa contratada poderá ser punida, inclusive, com o rompimento do contrato, visando a devida elucidação dos fatos, diante da gravidade do acontecido.

A prefeitura lamenta o ocorrido e se solidariza com amigos e familiares das vítimas, uma que infelizmente foi a óbito e a outra que se encontra hospitalizada.”

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