‘Viúva negra’ é presa após matar e perfurar genitália de marido com ajuda de capanga

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Homem foi encontrado com sinais de enforcamento e perfurações na região genital e mulher é acusada de dopar a vítima para que capangas o matassem.

A viúva de um homem que foi encontrado morto com marcas de tortura em Registro, no interior de São Paulo, foi presa acusada de ter envolvimento no homicídio, cometido em setembro de 2018. Além dela, um homem, apontado como comparsa no crime, também foi preso. Segundo a Polícia Civil, Alessandra Moreira, de 43 anos, que ficou conhecida pelas autoridades como ‘viúva negra’, dopou o marido para que os comparsas o matassem.

O técnico de informática Reginaldo de Souza Oliveira, de 43 anos, foi encontrado morto no dia 8 de setembro de 2018 em uma estrada de Registro após sair dizendo que ia comprar cerveja. Segundo a polícia, a vítima tinha sinais de enforcamento e perfurações na região genital, o que indicaria sinais de tortura.

Na época do desaparecimento, a mulher da vítima disse que ficou preocupada, porque o marido não retornou para trabalhar. O carro em que ele estava foi encontrado pouco mais de 15 horas depois do desaparecimento e Reginaldo foi encontrado sem vida no início dois dias depois de sair de casa.

Reginaldo era técnico de informática em Registro — Foto: Arquivo Pessoal

 

Após um ano de investigações das equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Registro, a viúva e um comparsa, Yago Almeida Protásio, foram presos acusados de cometerem o crime. “Foi um trabalho árduo e um conjunto de fatores possibilitaram o esclarecimento do crime. Inicialmente, tomamos depoimentos e notamos contradições. Foi solicitada a quebra de sigilo telefônico dos suspeitos, exames periciais e outras provas”, conta o delegado responsável pelo caso, Marcelo Freitas.

Ainda de acordo com o delegado, após a prisão, Alessandra confessou o crime durante o depoimento e confirmou que dopou o marido dentro de casa e, quando ele já estava desacordado, chamou os comparsas para matá-lo.

“Inicialmente, ela tinha dito que ele tinha saído de casa 19h para comprar cerveja, mas conseguimos provas de que às 2h o aparelho celular da vítima foi acessado no interior da casa do casal. Exames mostraram no sangue do Reginaldo uma substância capaz de dopar a vítima também.”

Alessandra alegou que ela e o marido estavam se desentendendo constantemente e ele a agredia. Apesar disso, a polícia acredita que a motivação do crime, na verdade, tenha sido outro relacionamento que a viúva mantinha fora do casamento. A investigação ainda aponta uma terceira pessoa envolvida no crime, que ainda não foi detida.

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